segunda-feira, 30 de março de 2009

Crise Econômica

Crise e regulamentação

A crise instalada não é apenas financeira, mas uma crise profunda do sistema capitalista influenciada pelas políticas neoliberais implantadas a partir do final de 1970, para reformular as demandas dos “estados de bem estar social” que foram implantados logo após a primeira grande crise do capitalismo em 1929.
As políticas neoliberais fortemente centradas da diminuição de capacidade de investimentos do Estado, na falta de regulamentação e transparência das privatizações como no caso brasileiro, permitiram o enfraquecimento do Estado Nação em relação aos grandes conglomerados econômicos que através da cobiça descabida, dos lucros imediatos e da profunda negação do Estado permitiram que a economia pudesse sobrepor a política. O resultado disso foi à crise gerada pelo sistema financeiro americano que atingiu as nações capitalistas mais desenvolvidas que sempre pregaram as políticas liberais na economia comandada pelo mercado através do jogo de oferta e procura.
Mas, apesar da amplitude e profundidade da crise ela pode gerar uma oportunidade única para repensarmos o papel da economia e do próprio sistema capitalista neoliberal que mostrou mais uma vez que é preciso uma regulamentação do Estado sobre a ação do mercado.
O crescimento urbano descontrolado gerou nos grandes centros processos de favelamento que junto com o aumento das desigualdades e das injustiças sociais, associadas à falta de políticas ambientais que permitiram ações predatórias em razão do mercado, jamais poderia ser pautas ignoradas por sociedade que se diz moderna.
A saída seria atender todas estas emergências através de investimentos em recursos públicos em defesa do trabalho, produção e não na especulação financeira descabida, na diminuição das desigualdades sociais, no compromisso dos conglomerados econômicos em investir cada vez mais em projetos ambientais e de sustentabilidade social, em credito bancário com juros baixos para o consumidor final, teto para os altos salários, transparência e controle acionário social, seriam condições, para as instituições financeiras receberem recursos públicos.O Estado e a sociedade teriam a obrigatoriedade de rever os limites da ação do mercado, propondo uma nova gestão, coerente com os interesses públicos e socialmente monitorados sem perder é claro sua criatividade

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